Escolham a vida

A aliança entre Deus e Israel era baseada na adoração, Israel era a única nação que adorava o Deus verdadeiro. Deus estava sempre a alertá-los a não se desviarem e nem adorarem outros deuses.

Quando olhamos para o contexto daquela época, vemos que essa adoração a outros deuses estava baseada na busca de prosperidade e riquezas, esperavam que alcançando o favor desses deuses, feitos por mãos humanas, encontrariam o que precisavam.

Trazendo para o nosso contexto, consigo ver um paralelo entre o que buscamos hoje. Hoje não é muito comum pessoas adorando outros deuses buscando chuva, uma melhor colheita e etc, mas o que mais temos buscado nos dias de hoje, que acredito que em resumo era o que as pessoas da época de Israel também buscavam, é a felicidade; hoje queremos ser felizes e estamos sempre à buscar a tão sonhada felicidade.

Deus sabe o que é melhor

Deus sabia o que era melhor para o povo de Israel e estava presente para suprir suas necessidades, como Israel tinha uma tendência a esquecer dos Seus cuidados e maravilhas, Ele estava sempre a lembrá-los de tudo o que já tinha feito por eles, e de todas as promessas que ainda iria cumprir, os lembrando da grandeza dos sonhos que havia sonhado para eles.

Quando Deus pedia para eles não se desviarem de Seus estatutos e nem adorarem outros deuses, Ele sabia o que era melhor para Israel, sabia que esses deuses feitos de madeira, pedra e metal não iriam trazer aquilo que eles procuravam, muito pelo contrário, as práticas realizadas em “adoração” a esses deuses eram destrutivas e imorais, portanto Deus os alertava para que não se envolvessem nessas práticas, pois só encontrariam morte, mal e maldições.

O mesmo se dá conosco hoje, ouvir a voz de Deus e seguir seus mandamentos não significa uma vida sem graça e sem alegria, muito pelo contrário, só seguindo as orientações que Deus deixou para que vivamos uma boa vida que poderemos encontrar a verdadeira felicidade.

Prazer e felicidade

Nós temos a tendência de correlacionar a felicidade com o prazer, pensamos que quanto mais prazer sintamos, mais feliz seremos, então buscamos todo o tipo de atividades que nos estimulará prazeres.

Entretanto essa é não é uma boa correlação, diversos estudos sobre a felicidade apontam que a felicidade não está relacionada aos estímulos do prazer, mas está mais relacionada a se ter um propósito e relacionamentos saudáveis. Quando dizemos que riqueza e fama não trazem felicidade, é uma verdade que conta com suporte científico, pois riquezas e fama podem sim nos trazer prazeres, mas não poderão, por si só, nos trazer propósito e nem construir relacionamentos saudáveis, isso cabe a nós.

Esse erro, em correlacionar a felicidade com o prazer, não é algo novo, os filósofos gregos já advertiam sobre esse perigo, sempre alertando que uma vida virtuosa seria mais feliz que uma baseada nos prazeres, mesmo que as crenças populares digam o contrário.

A adoração nos dias de hoje

Atualmente, ao buscarmos a felicidade, estamos caindo na mesma armadilha que Israel, adorando outros “deuses” pensando que assim conseguiremos o que queremos. Ao nos desviar dos padrões morais de Deus para “sermos felizes”, estamos fazendo exatamente o que Israel fez ao se afastar de Deus para adorar outros deuses, estamos buscando a felicidade em lugares onde só há dor e desespero.

Nossa existência ainda é determinada pela adoração, sobre qual tem sido o nosso deus. Hoje a adoração a Baal não é algo comum, mas temos adorado a outros deuses buscando a felicidade. Nós nos afastamos dos estatutos de Deus para adorarmos os deuses da luxúria, da preguiça, da inveja, da intelectualidade, enfim, são muitos os “deuses” da modernidade.

Temos buscado a felicidade em uma vida desregrada, baseada na satisfação do prazer, do ego, do orgulho, mas assim como Israel não encontrou o que buscava nos deuses de madeira, pedra e metal, nós também não iremos encontrar nesses novos deuses.

Conclusão

Parece muito chato dizer que a vida feliz será aquela vida equilibrada, onde cultivemos hábitos saudáveis, bons relacionamentos, disciplina e etc. Nos parece muito mais interessante uma vida cheia de estímulos, viagens, sexo, festas, fama, (chocolates rs), mas estamos enganados, esses estímulos trarão sim uma euforia momentânea, mas isso não é felicidade, é algo passageiro.

Quando vivemos uma vida de excessos, buscando assim sermos felizes, acabamos vivendo uma vida destrutiva, física e emocionalmente, enfraquecendo nossas relações, vivendo uma vida fútil, sem relações duradouras e sem um propósito de viver, ou seja, ao buscarmos tão cegamente a felicidade, só encontraremos o desespero de uma vida sem propósito.

A felicidade não pode ser o sentido da vida! A felicidade virá apenas quando estivermos caminhando em direção a propósitos mais elevados.